Aproveitei seu comentário à minha postagem de 21 de setembro e atrevi-me a continuar o poema. São dele os cinco primeiros versos.
AO BRILHAR DOS RELÂMPAGOS
Há flores
em todas as estações
em todos os apeadeiros da vida
mesmo que chova ou faça sol
em todos os apeadeiros da vida
mesmo que chova ou faça sol
Por cá um
dia brilharão
os relâmpagos
os relâmpagos
Iluminarão
as sendas mais profundas,
e farão
tremer pétalas e caules e folhas...
E nesse
despertar de flor
olhos
abertos, em procura infinda,
ela percorre
as estações sem pressa,
mesmo que
chova ou faça sol
O que
procura, mulher-flor,
iluminada
por relâmpagos
na noite infinda de todas as estações?
O que
espera, flor-mulher,
da chuva e
do sol,
a trilhar sem
cansaço todos os caminhos?
Não há quem
saiba, não há quem responda
mas em todas
as estações, lá está ela, mulher flor,
em todos os
apeadeiros da vida, lá está ela, flor mulher,
mesmo que
chova ou faça sol
Um dia,
talvez, quem sabe,
ao brilhar
dos relâmpagos ela, enfim em sossego,
adormeça para
sempre aconchegada
em um braço
de mar...
Maria Emília Costa Moreira
Mulher-Flor ou Flor-Mulher.blogspot.com
(técnica mista s/ madeira: - areia, papel, conchas, cola, verniz e acrílico - 42x54) rep.