Na praça, a árvore, na árvore, o banco,
banco-raiz
e no banco a menina de tranças, sentada,
limitada ao espaço físico da praça,
liberta em voos da imaginação.
As tranças, a árvore, a praça: os limites.
A fuga do real para o sonho, o presente, o futuro,
em palavras, por outros pensadas,
tesouros impressos a descobrir,
a levar, elevar, conduzir...
Hoje, mudou a praça,
não há mais banco-raiz,
não há mais árvore,
nem tranças,
apenas o sonho permanece a opor-se à realidade,
apenas as palavras, os sentidos, tesouros alheios,
apropriados,
apenas o alento do conhecer, do desvendar:
fuga do cotidiano, das limitações, do real,
para o infinito e ilimitado voo da imaginação.
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