E isso fazemos frequentemente: em casamentos, em aniversários, sempre desejamos ao outro a felicidade. Mas, eu pergunto, não a temos ou não a tem o que parte? Parece-me que a felicidade se torna algo fora de nós, algo que precisamos conseguir. Entretanto, esquecemo-nos das pequenas alegrias do dia a dia, que nos tornam felizes: a chegada de um ente querido, uma carta (ou email) esperada ou inesperada, um céu puramente azul, uma flor que brota em nosso quintal...
Recentemente, procurava em uma floricultura mudas de gerânios pendentes. A moça que me atendeu disse que não havia e eu, curiosa perguntei sobre três mudas que havia em um determinado canto da loja. Ela me respondeu que sim, aqueles eram gerânios mas não poderia me vender pois não sabia me dizer a cor da flor...
Trouxe para casa as três mudas: a primeira me ofereceu flores de um lilás bem pálido, suave, muito belas. A segunda me encantou e fez minha manhã mais feliz do que geralmente é: o vermelho mesclado ao branco resplandecia em meio ao verde ao seu redor.
Aguardo agora mais uma pequena alegria. A terceira muda ainda não floriu...
Sobre alegrias, tristezas e poesia, não há quem melhor fale do que Cecília Meireles:
MOTIVO
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada,
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
Esta add "Professora"!!!
ResponderExcluirObs.: Os textos estão aparecendo da cor branca, mas eu gostei do "cantinho"!
Talvez seu computador não configure da mesma forma que o meu... Verei por que não aparecem os textos, ok? Bj.
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