Conheci a obra de Malba Tahan ainda criança.
Minha mãe nos contava histórias sobre divisões de camelos e cálculos incríveis, criações do escritor Malba Tahan, pseudônimo de Júlio Cesar de Mello e Souza.
Minha mãe nos contava histórias sobre divisões de camelos e cálculos incríveis, criações do escritor Malba Tahan, pseudônimo de Júlio Cesar de Mello e Souza.
O autor, professor e engenheiro, escreveu livos didáticos de matemática, assinados com seu nome real; e com o pseudônimo, vários livros de contos, histórias e lendas árabes. Seu livro mais conhecido "O homem que calculava", traz as aventuras de um calculista persa. Cada aventura traz um problema matemático e a resolução dada por Beremiz Samir "o homem que calculava".
Os trechos que trago, retirados da obra citada acima, explicam de forma apaixonada e bela a ideia de número e da Matemática, como ciência:
Finda a prece, o calculista assim falou:
- Quando olhamos, senhora, para o céu em noite calma e límpida, sentimos que a nossa inteligência é franzina para conceber a obra maravilhosa do Criador. Diante de nossos olhos pasmados, as estrelas são uma caravana luminosa a desfilar pelo deserto insondável do infinito, as nebulosas imensas e os planetas rolam, segundo leis eternas, pelos abismos do espaço! Uma noção, entretanto, surge logo, bem nítida em nosso espírito: a noção de número.
[...]
O pensamento mais simples não pode ser formulado sem nele se envolver, sob múltiplos aspectos, o conceito fundamental do número. O beduíno que no meio do deserto, no momento da prece, murmura o nome de Deus tem o espírito dominado por um número: a Unidade!
[...]
Do número, senhora, que é a base da razão e do entendimento, surge outra noção de indiscutível importância: é a noção de medida.
Medir, senhora, é comparar. Só são, entretanto, suscetíveis de medida as grandezas que admitem um elemento como base de comparação.
[...]
Em muitos casos, [...] ser-nos-á possível representar uma grandeza que não se adapta aos sistemas de medidas por outra que pode ser avaliada com segurança e vigor. Essa permuta de grandeza, visando a simplificar os processos de medida, constitui o objeto principal de uma ciência que os homens denominam Matemática.
TAHAN, MALBA. O homem que calculava. 66.ed. Rio de Janeiro/São Paulo: 2005.
Malba Tahan
1895 - 1974
Google Imagens
Para conhecer melhor a vida e a obra desse fascinante escritor, segue o endereço do site oficial: http://www.malbatahan.com.br/
Deixando minha beijoca aqui Senhorita Jane e um ótimo "descanso promissor"! :)
ResponderExcluirObrigado Jason. Pela visita e pelas palavras.
ResponderExcluirBoa partilha
ResponderExcluirBj
Obrigada, meu amigo, abraços.
ExcluirOi Jane, também li Malba Tahan quando estava no Ginásio. Lembro-me que gostei muito. Sua lembrança é ótima. Bj
ResponderExcluirObrigada, Cristina, beijo.
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