Para o livro Aldeia de Minas (Saullo e Morais - Editora Novo Mundo - 2002), o qual traz fotos e poemas que retratam a cidade de Passa Quatro, assim Rubem Alves iniciou seu prefácio:
Minas é onde o tempo passa devagar.
O passado não quer partir, teima, quer ficar...
E sobre os autores, em meio a uma prosa que é toda poesia, ele discorre:
O César Saullo fotografou esse passado que não quer partir, Minas Gerais.
Os olhos do Saullo fotografam o tempo que não quer partir, os olhos que sofrem de despedidas.
O Régis de Morais é poeta... Em Minas nascem os poetas...
O poeta fala nos silêncios do visível. Põe palavras nos seus interstícios.
ESTAÇÃO
A estação sonha
com silvos de locomotivas negras.
Dentro dela
triangulam sombras de aflitos,
famintos de distâncias.
O sonho
é hoje a essência rósea
da estação,
enlouquecida entre os girassóis
de Van Gogh (meras florinhas
campestres)
"Uma luz, que na falta de palavra melhor,
não posso denominá-la de outro modo,
senão amarela."
(Van Gogh sobre Os Girassóis)
Respeitando os direitos dos autores, a foto da estação de Passa Quatro, aqui exibida, foi copiada do Google Imagens, não sendo de autoria do fotógrafo Régis Morais.
Textos:
SAULLO, Cesar; MORAIS, Régis. Aldeia de Minas. São Lourenço, MG: Novo Mundo, 2002.
Imagens:
Estação de Passa Quatro - Minas Gerais, www.mildias.com, Google Imagens
Os Girassóis, Van Gogh, http://juliananomundodasartes.blogspot.com, Google Imagens
Bem legal essa poesia, Alias mineiro adora falar de trem. Tem uma música cantada pelo Millton Nascimento que se chama Encontros e Despedidas que também retrata uma estação de trem.
ResponderExcluirO livro é muito bom. Belas fotos (pena que os direitos impedem de reproduzir) e poemas que retratam bem aquela Minas Gerais de Drummond, que vemos pela janela: "um homem vai devagar..." Beijos. Obrigada pela presença.
ExcluirQue nunca te doam as mãos
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue nunca re doam as mãos
ResponderExcluirOlá Jane!
ResponderExcluirTudo aqui é poesia! As imagens com girassóis, a estação e a velha máquina, e as palavras que falam do tempo e da terra , linda por sinal.
Um abraço.
M. Emília
Jane,
ResponderExcluirUma obra que promete. Pela amostra, tecida em delicados fios de sensibilidade.
Beijo :)
Obrigada pela presença. Realmente, uma leitura agradável e belas fotografias. Abraços.
ExcluirJane, vc como sempre nos lembrando da poesia presente em nossas vidas... AS vezes o dia corrido e as atribulações nos fazem esquecer que muitas vezes o que há de melhor e até o que nos resta é a poesia... o resto é resto rs! beijo carinhoso e com eterna admiração!
ResponderExcluirObrigada, Francine, agora identifiquei a autoria do comentário. Beijos.
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