A arte emociona.
O brilho do mármore da Pietá de Michelângelo é indescritível, e imaginar que a mão do homem tirou da pedra tanta beleza, nos faz ficar imóveis, apenas olhando, a perder-se em suas linhas, formas, cor e brilho.
Outras emoções sentimos ao observar o painel Guernica, de Pablo Picasso. A força da imagem, o contraste do preto e branco, as expressões angustiadas, conseguem nos incomodar, perceber e partilhar a revolta para uma situação de conflito.
Assim é a arte: para inundar nossos olhos, compreendendo ou não o que o autor pretende, mas sentindo, identificando-nos, apreciando ou rejeitando, mas sempre tocados por ela.
Hoje trago uma obra de um amigo especial. Excelente professor universitário, palestrante admirado por todos que participaram de suas apresentações e - descubro agora - também um grande artista: Professor Doutor Francisco Carlos Franco. Com sua autorização, reproduzo aqui a bela obra de arte produzida por ele.
Francisco Carlos Franco
Para fechar esta postagem, o poeta de todos nós: Manoel de Barros.
UMA DIDÁTICA DA INVENÇÃO
Manoel de Barros
XIII
As coisas não querem mais ser vistas por
pessoas razoáveis:
Elas desejam ser olhadas de azul -
Que nem uma criança que você olha de ave.
MORICONI, I. Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro, Objtiva, 2001. p.312.
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