Abro minha porta para o sol da manhã.
E ele me traz sonoridades aladas,
Perfume de flores, vida em movimento.
Abro minha porta para a aragem do entardecer.
E ela me traz risos de crianças que brincam,
murmúrio de riachos cantantes.
Abro minha porta para a noite aveludada.
E ela me traz brilhos de estrelas
e aromas adocicados.
Abro minha porta para a luz.
E ela invade a sombra confortável
que me cerca e me protege.
Abro minha porta para a tempestade.
E ela me traz o choro dos desabrigados
e o medo do desconhecido.
Abro minha porta para o grito das ruas.
E ela me traz a realidade que machuca
e o que de feio existe.
Apesar de tudo, minha porta estará sempre aberta:
para o bem, o belo, o seguro,
e também para o que foge a uma vida ideal.
Abro minha porta para a vida,
de olhos bem abertos para o que virá.
E ora aceito, ora luto, cada vez mais forte, cada vez mais lúcida.
Foto: Porta em Toledo, Espanha: com autorização de Ana do blog (In) Cultura
A imagem, tão bela e sugestiva, foi o mote que inspirou o texto acima.
Foi tomada por empréstimo de Ana, do blog (In) Cultura: (http://sonhar1000.blogspot.com.br) que acompanho com prazer, pois concretiza realmente o que se propõe: socializar a Cultura e, por que não, fazer "sonhar mil..."
Portas abertas
ResponderExcluirjanelas escancaradas
Obrigada pela visita e pela participação. Abraço.
ExcluirQuerida Jane,
ResponderExcluirMuito obrigada pelo belíssimo texto associado à minha fotografia.
Fico feliz por ter sido tão proveitosa a sua utilização e embaraçada também.
Beijinhos. :)
A metafora sempre encanta: falavamos sobre o pragmatismo na linguagem, e como a inconsistencia das coisas torna a linguagem um campo de possibilidades mais do que uma equação matemática.
ResponderExcluirPorta não é mais porta...
Com certeza, meu amigo. Obrigada por seus comentários sempre precisos. Abraço.
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