como a luz que entra pela janela aberta, como o céu azul dourado do anoitecer, como a andorinha que voa ligeira nas tardes de verão, como o aroma adocicado da dama-da-noite, como o som das águas que batem nas pedras do rio...
Tudo está aí, sempre.
É preciso, no entanto, saber ver, sentir, ouvir...
UMA DIDÁTICA DA INVENÇÃO
Manoel de Barros
No descomeço era o verbo.
Só depois é que veio o delírio do verbo.
O delírio do verbo estava no começo, lá
onde a criança diz: Eu escuto a cor dos
passarinhos.
A criança não sabe que o verbo escutar não
funciona para cor, mas para som.
Então se a criança muda a função de um
verbo, ele delira.
E pois.
Em poesia que é voz de poeta, que é a voz
de fazer nascimentos –
O verbo tem que pegar delírio.
BARROS, Manoel de. Uma didática da invenção. In: MORICONI, Italo. Os cem melhores poemas brasileiros do século.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
REVOADA DE ANDORINHAS
Google imagens: danielthame.blogspot.com/2011
ANDORINHA - de Vitor Maia
As palavras têm voz própria
ResponderExcluirsurpreendem-nos
E têm o poder de criar e fazer acontecer. São poderosas geradoras de situações. Obrigada pela presença. Abraços.
ExcluirJane,
ResponderExcluirUma associação interessante!
Gostei muito das andorinhas, do poema e da canção.
Obrigada pela partilha!
Beijinho. :)
Descobri esses dois meninos por acaso. Não os conhecia. Encantou-me a naturalidade e espontaneidade, além da voz precisa. Beijos.
ExcluirOlá Jane!
ResponderExcluirGostei imenso da poesia!
As crianças têm saídas espantosas e criativa...há que aproveitá-las...
Um abraço amigo.
M. Emília
Manoel de Barros é um poeta brasileiro que admiro muito. Parte de fatos simples para aprofundar o pensamento e o faz com uma habilidade estética e literária magistral. Obrigada pela visita. Abraços.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJane, quanta delicadeza na voz e na canção dessas crianças. Atinge a alma e alegra o coração. Obrigada por nos brindar com essas "Andorinhas". Abraço carinhoso!
ResponderExcluirFrancine MArtins
Francine, fico feliz por vê-la neste espaço. Também gostei muito da música e da espontaneidade dos dois. Percebe-se que a música faz parte da vida deles, principalmente do mais novo. Não encontrei nenhuma referência atual aos dois... Obrigada pela presença. Beijos.
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