Sombras aladas pousaram em meus sonhos,
Ergueram-se do solo, deixando para trás
Pernas brancas, vermelhas, amarelas ( tantas pernas)
E ainda olhos insaciáveis, bocas inquietas, mãos exploradoras...
Deixaram também meu rosto no espelho,
Indiferente ao murmúrio do vento e ao apito do trem,
Que já vem, que já vem...
Meus sonhos agora providos de asas
Singraram os ares sem rumo e sem destino,
Ao sabor das marés e dos desejos.
Vestiram-se de nuvens,
Ornaram-se de estrelas,
Perderam a noção do tempo.
Invadiram espaços
E finalmente em êxtase
Estilhaçaram-se em versos:
Criou-se o Poema.
The return - René Magritte
Google Imagens
Pelo sonho é que vamos
ResponderExcluirBelíssimo
Pelo sonho é que vamos
ResponderExcluirBelíssimo
Obrigada pela presença! Abraços.
ExcluirE são esses estilhaços que me surpreendem por tanta beleza refletida aqui!
ResponderExcluirQuisera ser inspirada e saber usar tão bem as palavras como a linda poeta Jane sabe!!
beijinhos
Obrigada pelas palavras gentis. Beijos.
ExcluirOlá Jane!
ResponderExcluirDiz o poeta que o sonho comanda a vida!!! Sem sonhos ela seria bem mais trágica e negra! Ainda bem que os poetas enfeitam a vida de poesia linda como esta que acabei de ler.
Um abraço.
Sem sonhos, sem utopias, como viver? Pés no chão, coração nas nuvens, vivendo um dia de cada vez...
ResponderExcluirBeijos, obrigada pela presença, Maria Emília.
Lindo, Jane.
ResponderExcluirfiquei sem palavras. O sonho pode ser um silêncio apaziguador.
Beijinhos e obrigada pela sua presença. :)