domingo, 2 de março de 2014

SOBRE FOTOGRAFIA, ARQUITETURA E ARTE


Beco do Pinto - São Paulo - SP
http://www.prefeitura.sp.gov.br



O "Estadão" deste domingo traz o interessante e agradável ensaio da designer gráfica e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Priscila Farias, com o título "Beleza Áspera". Nele, a professora apresenta o fotógrafo J. R. D'Elboux que registrou  o conjunto de letras e números que fazem parte do espaço urbano. Transcrevo os primeiros parágrafos. 


Caminhando pelas ruas da cidade, somos cercados por eles. Forjados em metal, incrustados nos granitos imponentes que revestem as fachadas dos edifícios do centro histórico. Dourados como o ouro doado para o bem de São Paulo. Traçados com a régua, o compasso e os esquadros dos engenheiros e arquitetos modernistas. Mas também acidentais e acidentados, na fronteira da legalidade, inscritos na madrugada, com os espirros calculados de tampinhas customizadas ou com rolinhos selvagens, tinta pingando nos ombros do colega que deu suporte.
Eles são as letras e números que marcam, demarcam e conduzem o fluxo urbano. Informam o nome do edifício, o tipo de comércio e os algarismos que correspondem a sua posição na rua. Indicam que aquele é (ou era) o lugar de colocar as cartas, o leite, o pão.  [...]
Esse conjunto de letras, números e sinais presentes no espaço público constitui a paisagem tipográfica da cidade. É um conjunto vasto e complexo, como a própria metrópole. Tem características que variam de bairro para bairro, e até de rua para rua. Essas características contribuem para a percepção de certo sentido de lugar, que, ao se tornar parte da memória coletiva, influencia a constituição de uma identidade local.


Leia o ensaio em http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,beleza-aspera,1136258,0.htm

Conheça o trabalho do fotógrafo em http://tipospaulistanos.com.br/

Como sugestão de harmonização o fotógrafo sugere a melodia So Long Frank Lloyd Wright


So Long Frank  Lloyd Wright
Nouvelle Cuisine
Youtube
Frank  Lloyd Wright (1857-1959), arquiteto americano, defendia que o projeto deve ser individual, de acordo com a localização e finalidade. Dizia que "a forma e a função são uma só".
http://educacao.uol.com.br/biografias/frank-lloyd-wright.jhtm