sábado, 25 de abril de 2015

SEMPRE A MÚSICA

A música inspira.
A música inflama.
A música acalma.

Embalados pela música, sonhos dançam no infinito, aguardando a pausa que os trará à prosaica realidade da concretização.

A música é imprescindível...



"O brasileiro Heitor Villa-Lobos (1887-1959) escreveu um total incrível de 2000 obras, muitas das quais são desconhecidas fora da América do Sul. Tendo ficado órfão aos doze anos, sustentou-se tocando violoncelo, vagueando pelo país com o instrumento às costas, absorvendo a música dos índios nativos, assim como a dos colonos portugueses. Em 1915, encontrou Milhaud [professor e compositor francês - viveu no Rio de Janeiro de 1917 a 1919] no Brasil e aprendeu com ele sobre a música de Debussy, Stravinski e outros compositores. Nos anos 20 passou algum tempo em Paris, mas durante a maior parte de sua vida trabalhou no Rio de Janeiro. É mais conhecido hoje pelas suas Bachianas brasileiras, que tratam as melodias de inspiração folclórica no estilo de Bach."
(Keith Spence. O livro da música. )





Bachianas brasileiras nº 4: Prelúdio
Heitor Villa-Lobos
Regente: Isaac Karabtchevsky
Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo 



Cada vez que o vento passa pela área do Canary Wharf, em Londres, Aeolus solta uma série de notas musicais. A escultura ecológica, que tem o nome do senhor dos ventos da mitologia grega, foi criada pelo britânico  Luke Jerram .

sexta-feira, 17 de abril de 2015

UTOPIA

Quando tudo parece decidido, 
algo nos surpreende.
É a vida dando palpite, 
interferindo.
Tentamos nos insurgir contra ela,
tentamos nos rebelar,
mas parece que somos fracos,
que não temos armas
ou argumentos.

 Então, se nada há a fazer, 
depomos nossas armas,
rendemo-nos.
Nesse momento, tudo se acalma.
O que não foi planejado
 passa a ser a verdade vivida.


E o que desejávamos 
torna-se apenas
utopia...


Nelson Freire
Bachianas Brasileiras nº 4 - Prelúdio
Youtube

sábado, 4 de abril de 2015

LEMBRANÇAS DE SEMANA SANTA

Minhas lembranças das Semanas Santas, que vivi em minha infância, são impregnadas de medo e apreensão. Não sei bem por que razão, mas tinha um medo, uma "paura", como dizia minha mãe, desses dias, principalmente da Sexta-feira.
As igrejas, com as imagens cobertas com panos roxos, a procissão à noite e a Verônica com sua voz potente invadindo a nossa alma, enquanto desenrolava a imagem do rosto martirizado do Cristo! 
Eu, pequena, não tinha como dizer que não queria participar de nada disso, afinal, há sessenta anos, as crianças faziam o que os pais mandavam... 
Mas lá estava eu, desviando o olhar do Cristo ensanguentado, daquele que balançava os cachos sob a pesada cruz. Num devaneio maluco, olhava para minhas mãos esperando ver as chagas de Cristo a se manifestarem! 
Devo dizer que as imagens da tortura de Jesus me incomodam ainda. Mas creio que para as crianças de hoje, talvez isso não seja mais tão pavoroso. Crianças que vivem em um mundo em que outras crianças são mortas em tiroteios, em que fanáticos degolam inocentes por não terem a mesma fé, em que casas são invadidas, pessoas são agredidas, nesse mundo Jesus seria apenas um a mais a ser atingido pela violência e pela intolerância...
Espero que meus netos aprendam a amar  Jesus, não apenas como aquele que foi martirizado, como tantos o são hoje em dia, mas sim como aquele que nos ensinou a perdoar, a respeitar e amar o próximo e nos fez acreditar que poderemos ser sempre melhores: mais compreensivos, mais amigos, mais humanos.

Feliz Páscoa! 

Google Imagens
http://paroquiarolim.com.br/portal/semana-santa-misterio-central-de-nossa-fe/