segunda-feira, 16 de abril de 2012

OUTONO

Alguns amigos relataram problemas de visualização dos textos.Como leiga que sou em coisas de internet, fui em busca de respostas e tento agora um novo layout para verificar se o problema está resolvido.
Para aproveitar, rendo-me à nova estação e trago folhas de outono para enfeitar a página. Lembro-me também de uma melodia antiga, cantada por minha irmã: Concerto de outono. Talvez os que me lêem não se recordem dela, por isso trago a letra, bela e singela.
Para concluir, a melodia eterna de Yves Montand: Les feuilles Mortes.
                       
Concerto de Outono
Carlos Galhardo
 
Olhando as folhas mortas
Sopradas pelo vento
Eu sinto o frio da solidão...
Nas nuvens tão escuras
Se espelha meu tormento
Não tem mais luz
Meu pensamento
 
Eu sinto então vibrando
No céu sem claridade
A melodia que me traz a ilusão
Do início de um concerto
Dizendo ao coração
O outono está voltando
Quem amo não...
 
 

terça-feira, 10 de abril de 2012

SOBRE HUMANIDADE

Hoje, por diversas vezes, tive oportunidade de refletir sobre dois conceitos que atualmente parecem distintos: o conceito do direito, e o conceito de humanidade. Nesta terra em que as vantagens parecem se sobrepor aos direitos, em que o certo e o errado parecem borrões indistintos que se mesclam, reservar-se o direito de ser justo é  uma qualidade pouco percebida.
Ou ainda, lutar  pelos direitos dos menos favorecidos, dos menos esclarecidos, torna-se  a mola que impulsiona bem intencionados os quais dedicam sua vida e sua carreira em favor do outro.
Mas, muitas vezes, a noção do direito, principalmente do direito adquirido subverte  o conceito primeiro e sufoca conceitos outros como humanidade, fraternidade, cooperação...
Estar em seu direito significa não olhar o outro com olhos de humanidade?
Estar em seu direito significa tornar-se insensível à dor alheia?
Obviamente, não me refiro a conchavos, a subversões da lei ou infrações camufladas.
Refiro-me, sim ao transcender a condição do direito adquirido, o que  seria abdicar do mesmo por uma causa nobre, por um ato de fraternidade, por um olhar mais humano...
Essas reflexões me deixaram triste por pereceber que há uma nova geração que se fecha para o outro, em busca de "seus direitos" e abriram-me os olhos para a importância de levar aos jovens a discussão sobre o direito e a humanidade. 
Ainda há tempo.
Ou não?



Para fechar, sem deixar de refletir, um pouco de Lenine: Paciência