quinta-feira, 23 de agosto de 2012

SEM PALAVRAS

Quantas vezes nos quedamos sem palavras diante da dor do outro.... Quantas vezes queremos a palavra certa, a frase oportuna e permanecemos  silenciosos, sem nada dizer... Compartilhamos o sentir, esperando que o outro perceba nossos sentimentos.
As linhas abaixo retratam um momento, vivido há alguns anos, em que nada pude dizer, apenas sentir...


A UM AMIGO

Sinto no peito
doer a dor do amigo,
que apaga o sorriso
sempre companheiro.

Como lhe dizer, amigo,
que me sinto triste por vê-lo sofrer?

Saiba, companheiro,
já ouvi dizer alguém
que na vida tudo passa
e as dores passam também...

E nestes mal traçados versos
sem rima, descompassados,
eu peço a Deus que o faça
mais feliz,
para que assim eu possa
ser mais feliz também.


Para embalar os sentidos, ninguém melhor do que Piazzola, interpretado por Yo Yo Ma. 




Youtube

4 comentários:

  1. Jane,
    Adoro Piazzolla. Realmente foi uma escolha sublime para acompanhar uns versos tão lindos e tão sentidos.

    O silêncio quando se acompanha o outro é também uma prova de amizade e de conforto, porque estamos ali.
    Há silêncios que doem mas outros que são divinais.
    Obrigada pela sua visita. Venha revisitar Lisboa, visitar o Porto e Coimbra, para, nesta última cidade, podermos partilhar um chá ou um café amigo. :)
    Beijinho.

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  2. Amei o texto, Jane!! Realmente tem muito a ver com o que pensei hoje cedo. É muito interessante o poder que a conexão entre as pessoas ocasiona. A maioria das pessoas nem se dá conta disso. Hoje experimentei isso de uma forma simples, embora impactante, em um minuto estava preocupada e estressada com um probleminha besta e burocrático, entrando na vibração de uma energia bem horrorosa...em questão de segundos, bastou um de meus amigos me enviar uma mensagem perguntando sobre amenidades e pronto...MUDEI O FOCO! Energia do bem mesmo!

    Agora, Piazzolla by Yo-yo Ma foi apoteótico, rsrs, adoro!! Tenho um CD aqui, experiência transcendental, rs.
    Super beijo e parabéns pelo texto!

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  3. Paula, agradeço as palavras e a visita. Admiro muito você. Esses arroubos de estresse são típicos de quem vive intensamente... Beijo.

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