
Do alto da torre, os sinos centenários, emudecidos, parecem dormir. Só despertarão ao sol do meio dia, quando seu som festivo espantará os pombos que se abrigam nos beirais.
Janelas e portas fechadas, de um verde forte, destacam-se na parede branca irregular, protegendo a riqueza de seu interior: imagens, pinturas, entalhes, reunidos em uma atmosfera de sombra, silêncio e paz.
O contorno domina a praça, de tradição e história perdidas e aviltadas; imponente, vê passar pessoas de todas as idades, raças, destinos, desejos...
Igreja e praça se integram, e por sobre as pedras irregulares passam sons e sonhos, dores e amores, em busca do alento ou da salvação. Reúnem-se em um único espaço, que perdurará repleto de história e de histórias, misto de tradição e modernidade, passado e presente fundindo-se em um tempo que passa, fugaz.
À luz do sol a igreja brilha e atesta seu poder e permanência: passarão os tempos e ela estará lá, repicando sinos e recolhendo orações.
Eu nunca pensei em descrever uma igreja, o seu significado em uma praça, o que ela representa para as pessoas que a frequentam. Você fez uma descrição tão delicada que convida a irmos visitar a Igreja do Carmo. Parabéns.
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