segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Tranças

Na praça, a árvore, na árvore, o banco,

banco-raiz

e no banco a menina de tranças, sentada,

limitada ao espaço físico da praça,

liberta em voos da imaginação.

As tranças, a árvore, a praça: os limites.

A fuga do real para o sonho, o presente, o futuro,

em palavras, por outros pensadas,

tesouros impressos a descobrir,

a levar, elevar, conduzir...


Hoje, mudou a praça,

não há mais banco-raiz,

não há mais árvore,

nem tranças,

apenas o sonho permanece a opor-se à realidade,

apenas as palavras, os sentidos, tesouros alheios,

apropriados,

apenas o alento do conhecer, do desvendar:

fuga do cotidiano, das limitações, do real,

para o infinito e ilimitado voo da imaginação.

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